Caroline Gomes, de 20 anos, é triatleta (Natação, bicicleta e corrida). Sua vida esportiva teve início na natação, onde competia pela Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) Recife, migrou para o Sport Clube do Recife, onde conquistou títulos.

Ela conta que migrou da natação para o triatlo por causa do corte na bolsa atleta “Tive que mudar porque o governo parou de dar as bolsas. O custo para eu me manter atleta é alto e não tinha condições de eu seguir na natação sem o benefício”, contou ela que atualmente é graduanda do curso de fisioterapia da Uninassau.

 

Ela recebeu bolsa-atleta na instituição para estudar e continuar praticando o triatlo. Outra dificuldade enfrentada por Carol é a busca por patrocínio “É muito difícil encontrar. Graças a Deus, consegui um treinador que se dispôs a realizar atividades físicas comigo de forma gratuita. Até porque meus pais não teriam condição de pagar”, explicou.

 

Carol ressalta também as dificuldades de atuar em um meio predominantemente masculino “Na minha equipe, onde treino com o Wágner Barata, só tem eu e outra menina de representantes mulheres. O resto é tudo homem, e, geralmente, eles levam vantagem em alguns aspectos como na busca de patrocínio, por exemplo, conseguem com maior facilidade”, disse. Apesar de todos os empecilhos, ela exibe seus troféus e medalhas, continua viajando o Brasil para competir e segue feliz no esporte.

 

“Enxergo a oportunidade como algo que vai me fazer crescer na vida. Para falar a verdade, já fez demais. Eu quero ser uma atleta de alto rendimento, ainda mais porque o triatlo me proporciona coisas que eu não teria caso não praticasse, como estar estudando em uma faculdade por exemplo, um curso que gosto. Sigo firme e espero ir longe”, disse sorrindo.