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Yane Marques

Yane Marques, 35 anos, pentatleta. Natação, corrida, esgrima, hipismo, tiro esportivo e a única detentora de medalha olímpica do pentatlo moderno na América Latina. Yane nasceu em Afogados da Ingazeira e se mudou para o Recife ao 11 anos, quando começou a nadar. Nunca imaginou ser uma atleta de alto rendimento, de cinco esportes, mas aos 19 anos foi convocada de surpresa para uma competição de biatlo (natação e corrida). E ganhou. A partir daí Yane foi sendo descoberta uma grande atleta, e foi convocada por um dos fundadores da Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno a praticar o esporte. 

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Convite aceito, Yane se encontrou. Na primeira competição que participou já foi campeã de uma etapa do campeonato nacional. Em 2004 e 2006 venceu o Campeonato sul-americano e, em 2007, conquistou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos. Em Pequim, 2008, foi sua estreia em olimpíadas e ficou em 18º lugar. Em 2009 passou a fazer parte das Forças Armadas e ter o apoio do exército para os treinamentos e em 2011 atingiu a terceira colocação no ranking mundial, a melhor posição já conquistada até então por uma atleta sul-americana no esporte.

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Na sua segunda olimpíada, em Londres, 2012, foi sua consagração. Ficou em 6º lugar na esgrima, com 21 vitórias e 14 derrotas. Na natação, também ficou em 6º lugar com o tempo de 2m12s39, subindo para a 2ª colocação geral. Na terceira prova, de hipismo, Yane ficou em 9º lugar, e assumiu o 1º lugar geral junto com a lituana Laura Asadauskaitè, líder do ranking mundial. Na última prova, o combinado de corrida e tiro esportivo, foi a primeira atleta a acertar os tiros e partir para a corrida, modalidade na qual acabou perdendo duas posições, para Asadauskaite e para a número 7 do ranking mundial e atleta da casa Samantha Murray, terminando a disputa na terceira colocação, e ganhando a medalha de bronze. Foi a primeira latino-americana a ganhar medalha no pentatlo moderno na história dos Jogos Olímpicos. Terminando ano em 2º lugar no raking mundial. 

No último Jogos Olímpicos, no Rio, em 2016, aos 32 anos ficou em 23º lugar. E logo em seguida, diminuiu o ritmo como atleta para assumir a Secretaria Executiva de Esportes do Recife. Não se aposentou e nem pretender deixar sua maior paixão de lado, mas quer propagar e dar seu melhor para trazer mais oportunidades para o esporte na sua cidade do coração e para aqueles que, como ela, querem viver exclusivamente do esporte. "Para você realizar seu sonho como atleta, participar de uma olimpíada, você precisa saber que existe um preço a pagar e que a gente tem que está disposta a pagar esse preço . Mas o que eu posso dizer é que independente do valor, vale a pena. E isso era uma premissa para minha vida. É construir aqui para fazer por onde merecer mais lá na frente", incentiva Yane. 

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